sábado, 1 de setembro de 2007

No Oceano Pacífico

O que acontecera segundo antes, pouco lembro. É muito lúcido o que vejo agora, e ao mesmo tempo, inusitado. Me vejo a voar um palmo e meio apenas das águas que me parecem geladas do oceano. Um vôo tranquilo como o das gaivotas que voam baixinho, sentindo o frescor das águasDeus que maravilha, como tudo é tão belo, como paramos pouco para observar o que a natureza tem. Tinha dúvida se estava desencarnada ou se projetada, pois não me era comum aquela situação, eu me divertia muito e por alguns momentos senti um pouco de medo de não sustentar o meu corpo, que hora parecia maneiro, mas temia cair na água voluptuosa do oceano.
De repente, veio-me a lembrança do acidente do Titanic. A lembrança dos aflitos me veio a tona. Dominei o meu pensamento, a situação não era para recordar o que não fora agradável, pois me sentia envolvida por uma sintonia de paz e tranquilidade, que o mar era como se fosse o palco, o seu balanço as cortinas, eu e os demais que ali estavam, o elenco. Haviam estrelas, sim, mas o descortinar que o mar fazia, traziam os nossos olhos, impedindo-nos de olhar algo mais.
Como sabia que nas projeções muitos projetores vão fazer assistências a desencarnados ou encarnados em dificuldades, ou ainda, assistencia a desencarne, pensei: será que fui convocada? Mas ainda não tenho estrutura para isto, pensei comigo. Tentava me dar conta do porque estava ali, em vão. Enfim, deixei por conta do Universo e fiquei a disposição mental para o que me fosse convocado. O tempo é complicado para se relatar, mas deduzo que foi um tempo bom de 1, 2, horas, não sei. Procurei por fim, me comportar como se estivesse em uma festa para convidados: não vou ser a última a sair . Devo ir.
Meus movimentos fraquejavam, segurei firme no pensamento, lembrei a instrução dos grandes mestres. Tudo deu certo, acordei na minha casa . E lembrava de tudo que acontecera a instantes, era muito real, como se tivesse entrado a porta de casa agora, ao chegar da comemoração.
Projetar-se é algo interessante, mas temos que no mínimo termos uma boa estrutura emocional.A experiência é válida, mas os proveitos tanto para levarmos aos desencarnados, como para trazer para os encarnados, quando não temos um pouco de trajeto evolutivo, é pouco que se pode servir.
Temos que praticar muito o amor enquanto encarnados, para podermos nos doar.

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